Você sabia que o mundo do Tibia possui uma história de criação? E que todos os textos dessa história estão disponíveis no site oficial em inglês? Porém o Tibia Life chegou para fazer a diferença e iremos trazer todos esses textos traduzidos especialmente pra vocês, nosso leitores. Acompanhe as nossas traduções que sairão todas as quintas e conheça mais sobre a criação do universo tibiano!
Para acompanhar todas as traduções já disponíveis:
E foi assim que Tibia, o núcleo vivo de toda criação, nasceu. Era derivado do elemento terra, enquanto Sula, o místico mar que ondulava gentilmente contra o litoral de Tibia, foi criado do elemento água. O ar se ergueu sobre a criação e se espalhou, como um lençol protetor, sobre tudo, enquanto o fogo era o fundamento, aquecendo a terra com suas chamas eternas. Finalmente, todos os elementos estavam em seu devido lugar para formar o mundo, e cada parte individual da Deusa estava brilhando com energia divina! Infelizmente, entretanto, eles eram todos selvagens e impetuosos, levados por sua natureza impulsiva. Estava claro que nenhum deles havia herdado o espírito gentil de Tibiasula – a harmonia havia sido destruída para sempre. Entretanto, Uman e Fardos não desistiram. Eles decidiram criar algo novo com os elementos, algo que se assemelhasse a Tibiasula ou, ao menos, honrasse a sua memória. Por muitas eras eles estudaram os elementos, até que finalmente eles fizeram uma descoberta importante: os elementos carregavam consigo as sementes da criação, que dariam frutos se algum dos Deuses antigos se unisse com os elementos. E foi assim que os Deuses descobriram o segredo da vida, finalmente.
Fardos foi o primeiro a tentar. Ele se uniu com o elemento fogo, e o fogo lhe deu duas crianças: Fafnar, uma filha, e Suon, um filho. Não demorou para que esses dois deuses assumissem seu lugar de direito na criação. Eles escolheram viver no céu que estava sobre ela. E, assim, dois sóis se ergueram sobre a criação, e derramaram sua luz sobre ela. Infelizmente, entretanto, os dois irmãos tinham diferentes personalidades não se davam muito bem. Enquanto Suon era calmo e atencioso, sua irmã era imprudente e selvagem e ela, sem pensar nas consequências, castigava o mundo com suas chamas escaldantes. Finalmente, Suon perdeu a paciência com a sua irmã. Ele a atacou, o que deu início a uma luta furiosa. Nesse conflito, Suon prevaleceu porque ele era mais forte que sua irmã, e então Fafnar fugiu pelo céu, tentando buscar a segurança do submundo, onde o fogo, sua mãe elemental, vivia. Entretanto, Suon seguiu sua irmã até seu refúgio no submundo, então Fafnar voltou a fugir pelo céu. Suon continua sua perseguição até os dias de hoje. E é por isso que os dois sóis desaparecem do horizonte por um tempo, todos os dias, fazendo com que a terra caia nas trevas.
Era a vez de Uman tentar a sua sorte. Ele se uniu à terra, que conhecemos como Tibia. E a terra lhe deu Crunor, o Senhor das Árvores. Esse deus era cheio de graça e de vitalidade. Como Fafnar, sua caprichosa prima, ele amava a sua própria forma, mas era muito mais inteligente e muito mais modesto. Logo ele se tornou criador das coisas vivas, porque ele era inspirado pela criação e pela milagrosa dádiva da vida. Ele desenhou plantas baseadas em sua própria imagem e as colocou no corpo de sua mãe, Tibia, até que elas recobrissem seu rosto como um belo adorno.
Fardos, então, se uniu com o ar, e ele gerou Nornur, o Deus do Destino. Nornur invejava a maravilhosa forma de Crunor, porque ele tinha herdado a forma delicada e frágil de sua mãe. E, de fato, seu corpo tinha pouco mais substância do que uma nuvem passageira ou uma canção no vento. Ele pediu para o seu criativo primo ajudá-lo a ter uma forma mais consistente, mas independente de quão duro eles tentassem, os primos não encontraram uma solução. Nornur sempre foi como no início: um deus etéreo, a sombra de uma sombra. Para consolar o seu primo chateado, Crunor sugeriu a Nornur que ele criasse algo vivo que pertencesse a ele. Dessa maneira, ele poderia se manifestar em seus servos. E foi assim que as aranhas chegaram ao mundo, criaturas elegantes e misteriosas que podiam tecer teias de grande beleza. Frágeis e tênues, essas teias delicadas lembram a forma efêmera de Nornur.
Por fim, Uman se uniu com o mar, Sula, e foi nessa hora que Bastesh, a Senhora do Mar, foi concebida. Ela era extremamente bonita, e Uman e Fardos ficaram tristes quando a viram, porque ela lembrava Tibiasula, a ancestral divina de Bastesh. Mas, infelizmente, sua beleza não iria durar. Quando Fafnar, a vaidosa Deusa do Sol, viu Bastesh, ela explodiu de inveja e a atacou com toda a fúria de seu orgulho ferido. Ela cravou profundamente suas garras flamejantes no corpo da Deusa recém criada e, se não fosse pelos outros Deuses, ela teria despedaçado Bastesh. Esse foi o momento em que Suon decidiu punir sua irmã por seus delitos, e a sua punição foi ser sentenciada a continuar o seu voo eternamente, fugindo da fúria do seu irmão pelo céu de Tibia. Bastesh, entretanto, nunca se recuperou totalmente das terríveis feridas que a sua própria prima invejosa havia provocado. Sua beleza foi arruinada para sempre assim que ela chegou ao mundo, mas pior ainda eram as cicatrizes que ela guardava dentro de si. Ela cresceu e se tornou tímida e melancólica, preferindo a quietude do oceano, cujas águas são ditas salgadas por conta de suas lágrimas incessantes. Entretanto, mesmo que ela raramente se comunicasse com o mundo externo, sua presença foi revelada por uma abundância de criaturas marinhas que logo começaram a popular o oceano.
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