Crônicas Sorcerianas são histórias sobre Metacromado, um garoto filho de artesão que sempre teve tudo o que seus pais podiam lhe proporcionar: conforto, amor e estabilidade. Porém, o garoto almejava ser um grande sorcerer e, para isso, precisava sair do seu ninho familiar para voar ao longo das terras tibianas, enfrentando criaturas e ser desafiado pelas mais difíceis tarefas que um feiticeiro poderia passar para alcançar o ápice do conhecimento. Mas tudo isso não passava de apenas um sonho de um jovem que vivia ao leste de Thais, plantando sementes e ouvindo conselhos do senhor Palomino.
Olá pessoal, tudo certo? Primeiro, antes de deixar todos vocês lerem o novo capítulo das crônicas sorcerianas, gostaria de pedir desculpas pelo atraso na postagem. Estou em semana de provas na faculdade e ficou meio apertado para postar. Contudo, gostaria de, neste capítulo, presentear você, nobre leitor, com conteúdo extra do universo de Metacromado. Espero que gostem e boa leitura!
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O calor escaldante que emanava da boca do dragão tomava conta de toda a cidade de Greenshore. Essa hora, todos os habitantes da cidadela estavam trancados em suas casas na esperança de que a feroz criatura fosse embora. Cada batida de suas asas simulava pequenos furacões que empurravam as copas das árvores como se fossem feitas do mais frágil material que existira na terra.
– Precisamos fazer alguma coisa – disse Metacromado para a senhora que se encontrava praticamente embaixo da cama.
– Está doido garoto? – respondeu assustada – se formos até lá vamos morrer queimados!
– E vamos ficar aqui sem fazermos nada?
– Claro – completou a moça – Não temos habilidade alguma.
– Está doido garoto? – respondeu assustada – se formos até lá vamos morrer queimados!
– E vamos ficar aqui sem fazermos nada?
– Claro – completou a moça – Não temos habilidade alguma.
O dragão continuava irritado e planando sobre Greenshore, lançando, a cada volta, rajadas de fogo por sua boca e pequenas bolas de fogo que iam destruindo as construções do local.
– Alguém deve ter feito alguma coisa – falou a senhora – nossa região não tem dragões, como que um desses veio parar aqui? A Dragon Lair mais próxima fica em Venore.
Metacromado não pensava em nenhum momento em se esconder, queria estar ali na janela vislumbrando a criatura. Era muito grandiosa para o menino. O máximo que havia visto fora um Rotworm ou Trolls da montanha. Passaram-se em torno de meia hora e vários passos puderam ser escutados. Como se botas muito pesadas estivessem pisando o chão da estradinha principal de paralelepípedo de Greenshore.
– Olhe! – gritou Metacromado – a guarda que me trouxe aqui está indo em direção ao dragão!
O animal agora se encontrava no chão, e pelo que parecia, estava indo em direção a escolta que se aproximava lentamente, como se tivessem passado algum tempo planejando o ataque ao monstro. Não demorou muito para que o dragão começasse a cuspir suas labaredas em cima do grupo, que logo se posicionou com seus escudos, fazendo com que o fogo se esvaísse rapidamente.
O Elite Knight de cabelos brancos, que parecia ser o líder do grupo, tomou um passo a frente do resto dos integrantes e sibilou algumas palavras que, da janela, não puderam ser escutadas. Correu em direção ao animal e, com um grande salto, cravou sua espada sobre uma das patas da criatura. Um grande rugido ecoou por metros de distância. Os demais correram para cima do animal que logo menos se encontrara totalmente cercado pelos três cavaleiros. Logo menos, o dragão tirou as forças que estava guardando e, com sua cauda, empurrou todos os guerreiros para longe, deixando todos rapidamente inconscientes.
– E agora? – pensou Metacromado, estavam perdidos, não tinha o que se fazer. Os mais fortes guerreiros que pudessem lutar contra o animal estavam desacordados. Realmente, era o fim de todos em Greenshore.
O dragão levantou voo e subiu em uma das estruturas em que ficava o bar da cidade. Começou a rugir e quebrar todo o telhado do local. Parecia estar cada vez mais irritado. Uma grande nevasca começou a se formar sobre a cabeça do animal e grandes lascas de gelo começaram a cair, perfurando algumas regiões da rígida camada de escamas do monstro.
– Olhe lá! É o rapaz encapuzado que veio comigo a Greenshore. – gritou Metacromado.
O rapaz, que agora se encontrava sem o seu capuz amarrotado, empunhava uma runa azul em direção ao dragão. Sempre que ele apertava, varias flechas de gelo caiam do céu sobre o monstro.
– ELE É UM SORCERER! – completou.
Pegou uma espécie de cajado e começou a atirar raios sobre a criatura que agora estava voando em sua direção. Ele parecia se locomover muito rápido e continuava a sussurrar mantras que o faziam correr cada vez mais rápido. O dragão ja estava bem debilitado e não aguentava mais voar. Tudo o que estava tentando fazer era morder o mago.
Nesse momento, em que não aguentava fazer mais nada, a criatura tentou fugir da figura mágica, que puxou outra runa acinzentada. Uma grande bola negra atingiu o monstro que caiu imediatamente no chão. O sorcerer sumiu tão rápido quanto apareceu ali e Metacromado ficou radiante em ter presenciado tamanha disputa pela janela.
Mas será que nosso jovem Metacromado será capaz de correr os riscos necessários para um dia estar em uma grande disputa igual o misterioso sorcerer? Acompanhe nos próximos capítulos!
Diário de Metacromado #1
Desde muito tempo, me encontro preso às paredes da minha casa. Meus pais superprotetores me impedem de esvair em busca dos meus sonhos. Passo todos os dias pela academia da magia sorceriana, localizada no sul de Thais, e observo todos os incríveis poderes místicos que aqueles jovens arcanos puderam fazer com suas próprias mãos. Um dia, eu sei que vou conseguir chegar até lá. Para que todos os meus sonhos possam acontecer, preciso me desgarrar dos meus pais e sair dos muros de Thais, porém, o primeiro passo precisa ser dado.
Como nunca tomei outras estradas, a não ser a que passa pelo estábulo do senhor Palomino, preciso de uma aventura segura para conseguir enxergar o mundo exterior e os perigos que me esperam…
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Escrito por: Magno Vieira
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