Os sóis enviaram seus raios para restaurar as cores das formas que estavam cinzentas e pálidas durante a noite. Os sons melodiosos dos pássaros cantantes enchiam o ar enquanto as flores lentamente abriam seus botões, inclinando-se e erguendo suas folhas para os sóis. Sapos estavam pulando para fora dessas muitas poças na estrada e pequenos goblins estavam tentando perseguir minhocas, que apareceram na superfície depois que a chuva finalmente parou.
Alguns Tibianos já estavam passeando pela cidade, indo ao depot reabastecer para sua próxima viagem de caça. Enquanto o amanhecer se tornava meio da manhã, mais e mais Tibianos enchiam as ruas e todas as casas tinham janelas abertas para deixar entrar o ar fresco e a luz solar. Bem, todas as casas, exceto uma.
Apesar de suas persianas de madeira serem capazes de o proteger da maior parte da luz, elas não conseguiram filtrar os sons recebidos adequadamente. Os sóis ascendentes haviam acabado com a chuva, mas a água pingava do telhado de sua casa para o parapeito de sua janela com uma irritante regularidade. Ele realmente tinha que arrumar essa calha.
Tibicus enterrou sua cabeça sob uma pilha de travesseiros para diminuir a dor
que aquelas gotas causavam na sua cabeça cada vez que atingiam o parapeito da janela com o som de mil bigornas. “Maldito seja você Frodo… Por que você tem que ser tão bom cervejeiro? “Ele deveria saber no que ia dar – mas quem em sua sã consciência teria recusado as bebidas gratuitas?
Agora ele teve que enfrentar as conseqüências de seu comportamento exagerado (mas perdoável) e reconhecer que seus silenciadores de som macios e plumosos estavam apenas fazendo um trabalho medíocre.
Além disso, aqueles roncos e rosnados, que vinham de seu estômago, lembravam-no que era hora de se levantar e começar o dia.
Quando Frodo decidiu que era hora de fechar e o pôs para fora de sua taberna, Tibicus foi forçado a caminhar sob a chuva. Completamente encharcado da cabeça aos pés, ele havia se despido e ficado apenas com suas roupas íntimas depois de fechar a porta de entrada atrás dele. Devido à sua urgente necessidade de ir para a cama, ele abandonou seu equipamento em uma pilha no chão.
Durante a noite, a água havia escorrido de sua armadura e formado uma poça. Portanto, o chão de mármore ainda estava úmido e escorregadio e o inevitável aconteceria: no caminho da cozinha, enquanto Tibicus ainda estava tentando esfregar o sono de seus olhos, ele escorregou na água e esparramou-se no chão duro. Lamentando e resmungando, ele tentou se levantar quando um envelope no chão chamou a atenção dele.
“Ah, Benjamin já deve ter terminado a sua ronda diária”, pensou ele, ainda um pouco tonto de sua dura queda. Ele abriu o envelope com sua obsidian knife e começou a ler a carta. A cada palavra, seus olhos e sua boca se abriam cada vez mais e sua mente tornava-se mais clara. Ele olhou para o envelope de novo, sem remetente, sem carimbo postal, apenas seu nome escrito sobre ela. Alarmado com o que tinha lido, correu pela sala em direção às escadas e correu para o segundo andar.
A madeira velha e escura rangia enquanto Tibicus pisava nela tentando pular alguns degraus. Ele escorregou novamente, mas felizmente, desta vez ele conseguiu evitar a queda segurando no corrimão. Quando ele finalmente chegou ao segundo andar, ele respirou profundamente e se dirigiu para a sala no final do corredor.
Ele olhou para a maçaneta da porta por um tempo, sem saber se queria descobrir se a carta havia dito a verdade. Ele colocou a mão na maçaneta fria e dourada e lentamente a girou para a direita para destravar a porta.
A sala estava banhada pela luz. Ele prestou especial atenção para garantir que tudo aqui fosse sempre iluminado perfeitamente. Raios de luz brilhando através das janelas ao leste enquanto os sóis que subiam aos céus já aqueciam a sala para uma temperatura confortável. Durante a noite, as skull lamps em cada canto e as tochas nas paredes asseguravam que o interior fosse exibido corretamente. Este era o santuário interno da casa. Aqui, Tibicus guardava seus pertences mais preciosos.
Organizado na sala estava a história da vida de Tibicus até agora, contada através de suas posses. Muitos itens valiam uma fortuna no mercado, mas também havia itens que tinham um valor pessoal muito alto para Tibicus. Cada peça tinha seu próprio lugar na sala e Tibicus os havia organizado em uma ordem específica. No lado esquerdo da sala, de pé em sentido, estava a sua coleção de armaduras. Uma golden armor brilhante e prismáticas eram exibidas em um suporte de armaduras, seguidas de uma demon armor e escudos do mais profundo tom de vermelho. À direita, lado a lado contra a parede, havia mesas cobertas por anéis e amuletos.
No centro da sala onde a luz convergia era o orgulho e a alegria de sua coleção. Alguns dos itens mais raros e fabulosos conhecidos no Tibia eram exibidos aqui. Uma conjunto de trophys stands dispostos em um círculo em torno de sua posse mais preciosa dominava esse espaço.
Tibicus prendeu a respiração. A vista de sua coleção sempre fez seu coração bater mais rápido, mas agora seu coração afundou. A carta já o havia avisado, mas agora ele viu com seus próprios olhos. Tudo estava intacto, em seu lugar, exceto um único item: o chapéu, o precioso chapéu, desapareceu.
Onde ele conseguiria 400 milhões de moedas de ouro nos próximos sete dias?
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