Artigo Oficial: O Confronto
1. Chuva 2. Resgate 3. Desespero 4. Problemas 5. Rivalidade 6. A Entrega 7. Acerto de Contas 8. Reunião 9. Incêndio 10. Impressões 11. Baixa 12. Passado 13. Desejo 14. Retorno
O confronto final está prestes a acontecer. O retorno de Ferumbras é iminente. Será que Tibicus será capaz de derrotar seu rival mais antigo e mais poderoso de uma vez por todas? Continue a leitura para descobrir…
As tábuas rangeram assustadoramente quando ondas fortes colidiram contra a frágil proa do navio. O barco já havia visto dias melhores, com certeza, mas foi o único que Tibicus conseguiu encontrar em tão pouco tempo. Ele tentou encontrar Tabea, mas ela havia se mudado para um lugar desconhecido, para vasculhar documentos antigos em busca de pistas relacionadas ao mundo dos demônios. Assim, foram apenas o druida Emilio e o próprio Tibicus que zarparam na escuridão da noite para alcançar a mais profana de todas as cidadelas.
O ar frio do mar ardeu nas narinas, enquanto o vento úmido já soprava centenas de pequenos cristais de sal em seus cabelos. Ondas enormes espirravam sua espuma branca pelo convés, ensopando seus sapatos e colando suas roupas encharcadas sobre a pele. No entanto, Tibicus não se importava com o clima, ele tinha outras coisas com que se preocupar. Houve um silêncio constrangedor entre os dois e Tibicus sabia que era culpa dele que a amizade entre ele e Emilio havia sofrido muito nos últimos meses.
“Escute, Emilio, eu sei que, desde o que aconteceu em Venore…”
“Deixa isso pra lá…” Emilio conhecia Tibicus melhor do que ele próprio. Aos seus olhos, Tibicus era um cavaleiro e lutador brilhante, mas certamente não é um grande orador. Ele é tão bom com uma espada quanto ele é ruim com palavras. Um pedido de desculpas pela metade, cheio de declarações inapropriadas e tentativas de desculpas esfarrapadas, só sobrecarregaria desnecessariamente a primeira jornada deles juntos em muito tempo. Emilio estava feliz por estar de volta com seu velho amigo.
Tibicus assentiu e, embora de alguma forma estivesse aliviado por Emilio mostrar tanto entendimento, ele gostaria de ter desabafado…
Hoje era o dia. O retorno de Ferumbras era iminente. Um arrepio agradável desceu pelas costas de Tibicus. Quanto ele ansiava por esse dia… O chapéu, ele logo o chamaria de seu de novo e então essa provação finalmente chegaria ao fim. Ele poderia colocar um fim no capítulo mais sombrio e sinistro da sua vida e, depois de mais alguns meses, até Tabea entenderia que procurar o traidor Fridolin não passava de um esforço impossível desde o início. Eles poderiam olhar para frente, se reinventar e continuar as suas aventuras. Sim, Tibicus estava bastante confiante: a partir de amanhã, tudo voltaria a ser como costumava ser.
Um estrondo alto no horizonte o assustou e o tirou de seus pensamentos. O topo da cidadela já estava visível à distância. Lampejos azuis disparavam das nuvens negras, que pairavam ameaçadoras sobre a ilha, iluminando a noite.
Quanto mais Tibicus e seu companheiro se aproximavam da ilha proibida, mais claros ficavam os contornos cinzentos dos combatentes que se reuniram em grande número em frente aos altos muros da cidadela ao amanhecer. Inúmeros tibianos chegaram a esse lugar pelo mar e montaram seus acampamentos nas profundas enseadas das margens acidentadas.
O navio deles estava a poucos metros de distância quando Tibicus conseguiu reconhecer os primeiros rostos familiares. Jose the Butcher estava na praia. Ele havia ganhado fama como um matador impiedoso em inúmeras batalhas nas arenas, mesmo além das fronteiras do continente. Poucos metros à esquerda, estava Maria, que conversava com o marido Eduardo. Ambos conheciam Roshamuul como a palma da mão, e diziam que eles tinha conseguido suas montarias de antílope de Walter Jaeger matando apenas guzzlemaws.
Mais a leste, John Bookworm havia acabado de montar em seu flying book. Ele foi o primeiro a ter acesso à Biblioteca Secreta e retornar vivo. Desde aquele dia, ele estava com alguns dedos faltando na mão esquerda e tinha apenas um toco carbonizado onde costumava estar o braço direito. No entanto, toda a sua guilda começou recentemente a se aventurar nesses salões perigosos e já se tornou significativamente mais forte. Até Marco e sua equipe deixaram o Bastião dos Falcões para provar sua força hoje. Tibicus mal podia acreditar, a nata de todos os continentes havia se reunido nesta mesma praia. Os mais fortes de todo o mundo, todos juntos em um só lugar.
Foi só agora que Tibicus percebeu toda a extensão dos esforços que os tibianos fizeram para impedir o retorno do maligno feiticeiro. Ele próprio havia competido com Ferumbras apenas uma vez na vida e saiu vitorioso. Ele sabia que depois Ferumbras havia tentado repetidamente tomar o poder em Tibia. Mas, cada vez que Tibicus soube de outra tentativa, ele foi precedido por outros tibianos, não menos corajosos, que já haviam frustrado os planos sinistros.
Como ele pôde ser tão ingênuo em acreditar que era o único que se oporia a Ferumbras hoje?
O local de reunião dos maiores estrategistas e comandantes que Tibia já havia visto estava bem à frente dele. Heróis que, com o tempo, haviam feito coisas muito maiores do que ele já tinha feito. Equipes muito à frente da sua, tanto em número, quanto em experiência de combate. Como ele seria capaz de superar essa superioridade?
Com um barulho alto, o barco chegou à praia pedregosa.
“Tibicus, meu amigo, o que traz você aqui?” Jose the Butcher estendeu suas poderosas mãos para ajudar Tibicus a sair do barco.
“É bom ver você, Jose”, respondeu Tibicus. “No entanto, tenho certeza de que você já sabe a resposta para sua pergunta.”
Visivelmente confuso, Jose ergueu as sobrancelhas.
“Não vejo você aqui há séculos. Não me diga que você está aqui para pegar um segundo chapéu? Você já tem um. Ainda me lembro de como as pessoas o celebraram por seu triunfo naquela época. Tibicus, a lenda, o herói! O primeiro a possuir o lendário chapéu do Ferumbras. ”
Tibicus sorriu um pouco envergonhado. “Bem… Faz muito tempo…”
“Insisto em que você me leve a um passeio pela sua câmara do tesouro em breve, meu amigo. Sabe, desde a sua vitória, muitos de nós tentamos impedir até as menores tentativas do mago de recuperar o seu poder. Alguns até desenterraram mais chapéus, mas os deles são apenas cópias baratas comparadas ao seu. Você é o dono do original! Dizem que o seu chapéu era a fonte absoluta do poder dele. Você não pode imaginar como todos aqui têm inveja do seu tesouro.”
“Bem…” Tibicus gaguejou. “Aparentemente, você realmente não sabe por que estou aqui… Não estou aqui para lutar por um segundo chapéu… É uma longa história, mas o chapéu original não está mais em minha posse e estou aqui para recuperá-lo novamente.”
O tom de pele de Jose ficou pálido em menos de um segundo. “O que você quer dizer com isso? Quem está com o seu chapéu?”
“Tudo bem, agora não se faça de estúpido mais do que você já é. Todo mundo já ouviu as notícias sobre Beefo e seus negócios sujos com Ferumbras. Beefo e Fridolin, esses dois filhos de um rotworm são responsáveis por Ferumbras recuperar o chapéu.”
Chocado com essa notícia, Jose cambaleou para trás. “Ferumbras recuperou a posse do seu chapéu original? Não, não, não! Isso não é bom!!! Isso é uma catástrofe!!! DEPRESSA, TODOS!!! SAIAM DESTA ILHA!!! DEPRESSA!!! CORRAM!!! SAIAM…”
De repente, uma força invisível interrompeu os gritos de pânico de Jose. Despercebido por todos, o poder desconhecido se espalhou por toda a ilha. Como uma rede bem escondida, ele se enrolou em volta dos tornozelos de todos na ilha e os jogou para o céu. Desamparados, eles balançavam de ponta–cabeça muitos metros pelo ar, longe do chão. Como todo mundo, Tibicus foi pego de surpresa. Ele gritou e berrou, agitou-se chutando e socando, mas não havia alvo a ser atingido. Ele estava se retorcendo e revirando o corpo para se libertar do aperto, mas não tinha chance alguma.
Ao seu redor, ele viu outros tibianos tentando desesperadamente a mesma coisa. Tudo sem sucesso. Eles estavam presos. Como uma isca no anzol, eles estavam desamparados, à mercê desse poder misterioso.
Outro puxão levou Tibicus ainda mais para o alto. A força o afastou da multidão e o elevou a alturas
vertiginosas com uma velocidade inimaginável que quase fez Tibicus desmaiar.
“Que gentileza sua se juntar a mim neste dia adorável, Tibicus!”
Essa voz… Tibicus soube imediatamente quem falava com ele e então abriu os olhos bem abertos. Ele estava de cabeça para baixo em frente ao ponto mais alto da cidadela. O mágico mais poderoso que Tibia já viu estava parado bem à sua frente. A fonte do poder que o mantinha prisioneiro: Ferumbras!
“Como diz o ditado, sempre há um segundo encontro na vida…” Ferumbras passou os dedos pela densa e longa barba. “Você não pode imaginar o quanto eu esperei por esse dia.”
Mexendo o dedo, ele fez Tibicus flutuar mais perto do corrimão para que eles pudessem falar cara a cara.
“Eu vou… – GNNNHH!!!” Uma dor paralisante percorreu seu corpo enquanto Tibicus tentava abrir a boca.
“Shhhhh… Agora não é hora de falhas verbais. Você deveria se considerar sortudo. Você testemunhará a minha ressurreição. Minha retaliação. É uma honra, sabe? Venha, eu vou mostrar para você.” Com um pequeno salto, Ferumbras pulou o corrimão e pairou ao lado de Tibicus no ar.
Lentamente, eles deslizaram das alturas da cidadela para baixo, em direção à praia, onde os outros ainda estavam balançando no ar de cabeça para baixo.
“Sabe, Tibicus, na verdade eu estava planejando acabar com a sua existência miserável da superfície de Tibia assim que recuperei o meu chapéu. Mas então pensei comigo mesmo: por que a pressa…?”
“Seu… GNNNHH!” Outra onda de dor aguda penetrou no corpo de Tibicus.
“Apenas fique quieto, Tibicus. Cale-se e aproveite o show.”
Com outro movimento da mão, os corpos dos outros tibianos foram endireitados.
Ferumbras limpou a garganta e começou a falar: “Todos vocês vieram aqui hoje para lutar contra mim, não vieram? Para me humilhar novamente. Covardes! Olhem para si mesmos. Vocês só ousaram vir aqui, porque acreditaram que, mais uma vez, eu não estaria em plena posse de meus poderes. Vocês, que esperavam que seria moleza me enfrentar. Vocês que…” Ferumbras parou por um momento. “Vocês que puseram as mãos na minha filha! Vocês que a mataram brutalmente e profanaram a sua alma. Vocês sentirão o meu verdadeiro poder hoje!”
Ele estalou os dedos e de repente o chão abaixo deles se partiu ao meio.
Tibicus não podia acreditar no que viam seus olhos, um profundo e negro abismo havia engolido metade da ilha em segundos. Um precipício escuro absorvendo toda fonte de luz. Um vazio escuro como breu. Um poço sem fundo, sem vida, nem esperança.
“Vocês pagarão por suas atrocidades!! Eu terei a minha vingança! FRIDOL, ASCENDA!!! Suba de sua prisão e tome o que é seu!!! Recolha suas almas e cumpra seu destino!!!”
Das infinitas profundezas do abismo, um rugido destruidor surgiu. Um par de olhos brilhantes rompeu a escuridão total, iluminando tudo em uma explosão. Garras enormes agarraram-se às rochas nas bordas do precipício, de onde uma enorme criatura monstruosa emergiu à superfície. Um demônio de proporções jamais vistas antes ergueu-se do subsolo e concentrou seu olhar nas pequenas figuras que flutuavam no ar.
“TIBICUS!!!” Tibicus reconheceu a voz de Emilio e seus olhos se encontraram. Emilio pendia diretamente acima do centro do abismo e acenava desesperadamente com os braços. “TIBICUS! AJUDE-ME!!! POR FA… AAARGH!!!”
O demônio passou o braço pela multidão indefesa. As garras afiadas perfuraram todas as armaduras. Nada poderia suportar uma força tão brutal. Com um único golpe, o monstro estraçalhou os lutadores mais fortes do Tibia em pedaços. Uma chuva de sangue e tripas caiu sobre o demônio, que sugava tudo alegremente. A explosão do golpe separou a parte superior do corpo de Emilio na altura da cintura e Tibicus só podia assistir o torso sem vida caindo diretamente na boca aberta do demônio.
“EMILIO!!!” Tibicus gritou a todo pulmão, esticando o braço em direção ao amigo morto enquanto as lágrimas escorriam por sua face. “Emilio… Eu… Eu sinto muito…”
“Não se desculpe!” Ferumbras se virou agarrando o rosto de Tibicus com a mão. “Esses homens tiveram o que mereciam! Eles não são dignos do seu luto.”
Agora ou nunca, Tibicus abriu o cordão na bainha, puxou a lâmina longa e a enfiou no coração do mago. “A única morte que não é digna de luto é a sua.” O feiticeiro ofegou, balançou para trás, apertando as mãos ao redor da parte protuberante da espada.
No mesmo momento, o aperto em torno dos tornozelos de Tibicus diminuiu, fazendo com que ele caísse das alturas das montanhas em direção ao abismo. Passando pelo demônio ensopado de sangue, ele caiu no profundo buraco negro.
“Então é assim que termina…”, ele pensava, enquanto caia no vazio negro acompanhado por nada além da escuridão completa. Não havia como se orientar. Nem vento, nem luz, nem mesmo um som penetrava nessas esferas escuras. Quase parecia que ele estava sem peso.
Tibicus não sabia dizer quanto tempo havia passado desde que caíra no abismo. Ele também não se importava. Seus pensamentos estavam com Emilio e com todos os tibianos que haviam perdido a vida hoje. Tantas mortes desnecessárias… Como Tabea reagirá quando souber que nem ele, nem Emilio voltarão? Pobre Tabea, ela está sozinha agora… No entanto, Ferumbras caiu. O próprio Tibicus enfiara a espada bem no peito dele. Ele só podia esperar que fosse ela a pessoa a encontrar o chapéu e que cuidasse bem dele.
Naquele momento, uma luz pequena e brilhante passou por Tibicus. Tão rápido quanto chegou, desapareceu na escuridão novamente.
Tibicus virou seu corpo na direção da qual a luz se originou e tentou ver algo no vazio.
Nada.
“Não tenha muitas esperanças. Não tem escapatória para você.” Tibicus se encolheu e não podia acreditar no que estava vendo. Ferumbras. “Impossível, eu matei você. Minha espada o atingiu! Você não é real!”
“Oh, Tibicus, como se um fracote como você pudesse me matar… Não… Ninguém mais pode me derrotar. O pacto está selado. Graças a Fridolin, eu finalmente alcancei o meu objetivo!!! SOU INVENCÍVEL!!!”
“Fridolin? Como assim?”
“Você sabe Tibicus… esse chapéu”, ele tirou o chapéu da cabeça “ele me proporciona poderes
incríveis… E você conseguiu arrancá-lo de mim naquela época… Eu não poderia correr esse risco novamente… Então eu procurei uma maneira de aumentar o poder do chapéu, meu poder, ainda mais… E eu descobri como… Um Tibiano, disposto a trair a sua própria espécie, a entregar a sua vida por vontade própria, a fim de purificar a sua alma. Uma troca sinistra cujas condições somente poucos poderiam realmente cumprir.”
“O demônio que você viu na superfície é o resultado dessa troca. Ele é capaz de absorver as almas das suas vítimas, juntar seus poderes e transferi-lo para esse chapéu. Em troca, sua própria alma foi libertada…”
“Você quer dizer que esse demônio era…”
“Sim. Ele não tinha mais nada a perder. Uma escória da sociedade, excluído por seus atos. Abandonado e rejeitado por seus amigos. Fridolin era perfeito.
Um ser quebrado, animado apenas por um único desejo que lhe havia sobrado: reunir-se com seus pais.
Eu era o único que poderia realizar seu verdadeiro desejo em troca de um último favor diabólico.
Enquanto a alma de Fridolin atravessava os portões sagrados e se reunia com seus pais, seu corpo físico se tornou o demônio mais poderoso que Tibia já viu. Uma atrocidade que se alimenta de almas, sob meu controle. Todo o poder será meu. E não há ninguém que irá me parar desta vez.”
“EU VOU !!! EU VOU MATAR VOCÊ!” Tibicus gritou.
“Você? Não… Não, você não vai… Olhe ao seu redor. Você construiu sua própria prisão e nem mesmo percebeu. Antes de mais nada, foram seu narcisismo e egoísmo que permitiram que os medos mais profundos do seu antigo amigo se viessem à tona. Foi você que o abandonou quando ele mais precisava de você. E também foi você quem o abandonou quando ele percebeu que havia sido manipulado o tempo todo. Quando um verdadeiro amigo teria sido essencial, você só queria saber do meu chapéu. Pensando apenas o pior daqueles que ousaram traí-lo, sem questionar seus motivos nem mesmo por um segundo. Fridolin ficou horrorizado com a certeza de que a solidão e a condenação continuariam destruindo sua alma como uma doença inexorável. Uma infecção desagradável que sua mente frágil não seria capaz de suportar por muito tempo.
Enquanto Fridolin deixou este mundo, essa mesma infecção permaneceu. Aliás, está nos cercando agora mesmo. Você caiu diretamente nela. E agora ela irá mantê-lo prisioneiro por toda a eternidade. Esta é a minha vingança contra você, Tibicus. Você escolheu o meu chapéu em detrimento daqueles que mais o amavam. Você negligenciou e abandonou os seus amigos mais próximos por um item. E agora, você perdeu ambos! Ninguém sentirá a sua falta, Tibicus, aproveite a sua condenação eterna!”
Com essas palavras, Ferumbras desapareceu no ar, deixando Tibicus com os seus sentimentos e dúvidas que surgiam:
Ele estava sozinho, havia perdido todos os amigos que tinha ao longo dos últimos anos. Talvez Ferumbras estivesse certo, talvez ele merecesse essa punição. Sozinho para sempre, perdido em um mar de medo e desespero sem fim que ele não conseguiu impedir. Acompanhado por nada além da sua própria culpa, por toda a eternidade. Ele havia perdido de vista todas as coisas que realmente importavam.
Tudo o que ele podia esperar agora era que um dia uma nova, melhor versão dele surgisse. Um corajoso Tibiano que realmente mereça ser chamado de herói. Um lutador de coração puro e mente forte, pronto para reestabelecer a luta contra Ferumbras. Ele não estaria lá para testemunhar, mas estava confiante de que chegaria o dia.
Como um velho sábio lhe disse uma vez: uma flor desabrocha e desaparece dentro de um ano e outra flor fará o mesmo no ano seguinte.
No Comment! Be the first one.