Muitas histórias são contadas por pescadores de má fama e habitam o imaginário popular. A maioria contém traços de grandes conquistas e envolve criaturas jamais vistas ou documentadas, servindo apenas para assustar pequenos futuros bárbaros. Acreditando ou não, só os aventureiros mais ousados poderão afirmar com certeza a verdade.
Certo dia, um velho comerciante de itens mágicos chamado Romir, vivendo isolado na planície montanhosa dos mamutes, ao norte do estabelecimento comercial central de Svargrond, avistou algo novo no mar. Seus olhos mal podiam acreditar na tamanha extensão de terras que apareceram da noite para o dia naquela manhã nevada, trazida pelos ventos gelados vindos do norte. E sempre que um viajante se aproximava de sua cabana para perguntar sobre novidades ele respondia com aspereza: “Se eu me importasse com notícias, eu não tinha escolhido esse local remoto para me estabelecer”, mas nesse dia a resposta foi diferente.
Logo, as autoridades locais foram consultadas. O Jarl, líder comunitário local, chamado Sven, afirmou que somente os druidas e os xamãs devem lidar com tal fato misterioso, pois deve ser obra de Chyll, conhecido por seu povo como o pai do vento norte. “Chyll é um deus duro e o melhor que você pode fazer é evitar a atenção dele. Apenas os xamãs e os druidas lidam com ele”. O xamã Hjaern, residente da ilha espiritual de Nibelor, foi consultado e confirmou: “Seus caminhos são quase imprevisíveis para nós humanos, já que seus pensamentos se estendem por eras. Nós só podemos fazer o melhor possível para interpretar corretamente sua vontade e agir de acordo”.
Foi então que, ao se aproximar do local, foi constatado que uma ponte interligava o continente ao misterioso destino inexplorado. Reza a lenda, “que o vento uivante sussurra histórias de uma ilha congelada antiga e esquecida – inacessível por séculos. O que antes era um paraíso exuberante e belo é agora um deserto de gelo eterno dominado por vários tipos de monstros. No fundo da ilha e trancado no gelo, uma raça tão orgulhosa – o Ursagrodon – está dormindo e vigilante esperando para ser libertada novamente“.
Fascinados pela nova descoberta, aventureiros se equiparam e organizaram suprimentos para a expedição que resultou na observação de muitas paisagens exuberantes de rica fauna e flora no interior da ilha, escondidas pelo véu branco e gélido da neve, com acesso disponível apenas enquanto a ponte se mantiver intacta. Entretanto, nas profundezas, foram confrontados por Frost Dragons e várias criaturas demoníacas impiedosas. Os mais curiosos e ousados encontraram ferozes ursos encravados nas paredes azuladas de uma grande caverna. Uma técnica para descongelar e domar a criatura consistia em manejar um chifre utilizado por Chakoyas para cozinhar e uma caixa como acendedor.
Nesse tempo, a cada nova tentativa uma leve brisa gelada ecoava pela caverna dizendo: “Você conseguiu derreter cerca de metade do bloco de gelo. Seja rápido agora, está frio aqui e o bloco de gelo pode congelar novamente”.
E tornou a ecoar novamente dizendo: “Você conseguiu derreter quase todo o bloco, apenas os pés da criatura ainda estão presos no gelo. Termine o trabalho!”.
Por concluir o descongelamento de todo o achado, pouco antes da criatura retomar a consciência, o vento frio soprou estas palavras: “O Ursagrodon libertado olha para você com brilhantes olhos obedientes”. Desse modo, os aventureiros retornaram à sabedoria de seu líder espiritual para relatar suas descobertas.
Relatos de aventureiros mencionando outra criatura nunca vista por muitos habitantes de Svargrond, foi outro assunto muito discutido após a descoberta daquela ilha. Para Hjaern, “os Yetis são reais. Eles são indescritíveis, mas perigosos. Alguns dizem que são mais residentes do mundo dos espíritos do que do nosso. Os espíritos estão em silêncio sobre eles, o que é um enigma ainda maior”. Sven afirma que os Yetis são animais míticos e que apenas poucos conseguiram sobreviver para contar sobre o contato que tiveram com eles.
No entanto, nem mesmo a espiritualidade elevada de alguns aventureiros bárbaros abençoados por seus xamãs é capaz de proteger fisicamente todos os guerreiros para sempre. Ao serem derrotados por forças malignas, todos os cidadãos merecem um sepultamento adequado antes de partirem para Everspring, o reino dos mortos. “É um lugar de paz e harmonia, onde aqueles que corajosamente enfrentam os desafios da vida habitam pela eternidade e compartilham histórias nas fogueiras após uma caçada. Todo verdadeiro bárbaro que é corretamente trazido para a vida após a morte se juntará à grande caçada em Everspring, onde os animais são gordos e têm as peles mais grossas”, conforme a cultura do povo de Svargrond, repassada de geração em geração, segundo Sven.
Certamente, nas palavras de Kjesse, sacerdote do templo, isso “é mais uma sabedoria do que um boato que quero dar a você no seu caminho. Quando você sentir Chyll em seu coração e você não tiver mais medo, seu caminho para Everspring será plano”.
O que você achou desse local? Já visitou e domou o seu Ursagrodon? Você também já encontrou um Yeti caminhando por essa ilha? Conte para nós nos comentários!
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